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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Rocky

       Eu reconheço que Stallone foi um dos heróis da minha infância, tenho que ver as voltas e reviravoltas da vida. Personagens como Rambo e Rocky tinham algo que deixavam as crianças fascinadas. O mesmo era a maneira de falar de Stallone, aquele olhar esquivo tendendo ao infinito ou a olhar a maneira como ele insistia em algo. Tudo começou com Rocky, o filme que exalta Stallone foi um trampolim para toda a sua carreira posterior.
       Rocky é um boxeador de origem italiana velho demais para conseguir qualquer coisa, é um fracasso, em decadência. As crianças do bairro riem dele e de seus discursos ridículos. Por um capricho do destino Rocky tem a oportunidade de lutar contra o campeão mundial dos pesos pesados ​​e obter o título. Uma oportunidade tentadora demais para deixar passar. Algo como isso só acontece na América, a terra das oportunidades, Rocky então tenta mudar sua vida e vai treinar até à exaustão para enfrentar a luta. Cenas de treinamento nas ruas de Filadélfia, com a famosa música de Bill Conti são inesquecíveis.
     Rocky deixa longe de ser um filme de propaganda sobre as virtudes do modo de vida americano e os valores tradicionais do esforço do mais reacionário sonho americano, o capitalismo, etc. Mas o que o torna ótimo para Rocky é que, apesar de ser a terra da oportunidade e todo o esforço investido, Rocky perde a luta. Falha, por pontos, mas perde para campeão mundial atual. O sonho americano quase nunca é cumprido, é apenas um sonho.
      Rocky é um hino para o esforço, luta, sem nenhuma chance real de ganhar. Na cena final do filme Rocky e sua amada são cercados pela mídia, mas eles não estão interessados ​​na fama, só querem estar juntos. Não importando o título, fama ou dinheiro.
     Realmente Stallone (que nunca foi um grande ator) foi perfeito em interpretar esse personagem que não era muito diferente do que ele era na época: um ator de segunda que já tinha idade para se tornar uma estrela, mas vivia no esquecimento e passava por dificuldades financeiras extremas.
     Infelizmente, Stallone decidiu esticar seu personagem a limites ridículos. Em sucessivas continuações Stallone recebeu críticas desnecessárias aos roteiros dos filmes em questão. Rocky Balboa finalmente conquistou o título, ele se tornou um milionário, humilhou os russos por vingança, foi dispensado e até voltou para as luvas, mas sempre existirá o verdadeiro Rocky Balboa.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A menina que roubava livros

      A Menina que Roubava Livros, baseado no romance best-seller de Markus Zusak, relata a história de Liesel, uma jovem que é levada por uma família na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Seus membros, que escondem um judeu em sua casa, ensinam-o a ler. Para Liesel, o poder das palavras e da imaginação se torna uma forma de escapar dos tumultuosos eventos que a rodeiam.
        Um filme dirigido por Brian Percival, conta a história de uma menina que, a partir da situação que vive na Alemanha nazista, tem que deixar a família para trás e começar uma nova vida diferente. Uma família composta por um homem e uma mulher que vivem em um vilarejo perto de Munique. Aqui é o lugar onde a história do filme é revelada.
       Estamos diante da adaptação para o cinema do romance best-seller escrito por Markus Zusak, e pode, através dos olhos de uma garota, Liesel Meminger, saber qual era a situação na Alemanha nazista. Um filme mais sobre a Segunda Guerra Mundial, em que vemos os sentimentos da sociedade, medo, silêncio... O gatilho do filme é a queima de livros que tem lugar na praça da cidade. Tudo o que vai contra o regime estabelecido deve ser destruído para que só prevalecesse arte, literatura e cultura relacionadas a Hitler e sua ideologia.
       O personagem de Rudy, amigo de Liesel, interpretado por Nico Liersch, dá ao filme um toque bem-humorado, como é alegre, cheio de esperança, energia e vitalidade, e que, de alguma forma, também fará com que Giselle evolua o, que dá vivacidade e dinamismo ao filme Outro personagem notável é Max, o judeu escondido pela família de Liesel em casa. É uma das partes mais importantes do filme na relação estabelecida entre o judeu e a jovem.
        Os cenários em que o filme se passa são agradáveis ​​(a floresta, o povo). Como pontos negativos destaco em primeiro lugar, o fim, que é talvez demasiado dramático, como tudo acontece tão rápido e tão de repente, quase sem tempo para reagir. O epílogo final, que nos coloca muitos anos mais tarde, quando a protagonista já estava crescida, e na qual nos é dito, mais ou menos, como foi sua vida.
      Concluindo, A Menina que Roubava Livros é uma adaptação que consegue refletir muito bem o que era a situação social e da polícia da Alemanha nazista. Um filme que é divertido, mas que carece de enredo e, acima de tudo, falta-lhe um pouco de emoção, especialmente no final. Mas ainda assim, não há dúvida que cause um grande interesse no espectador, e estimule para saber mais sobre os personagens e sua história.

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