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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O cavaleiro solitário


       Quando começamos a crítica de um filme como O cavaleiro solitário nós somos tentados a listar todos os seus erros (que são muitos) e colocar de lado seus acertos (que também são muito poucos). Neste caso, de forma errada porque o filme em si não é uma obra-prima, mas é um filme divertido e despretensioso, que permite que o telespectador fuja do resto do mundo durante suas duas horas e meia.
    Qualquer filme continua a ser uma superposição de camadas (história, cenário, cada uma das performances, fotografia, som, etc.). Que se ligam para formar um todo inseparável, no entanto, dados casos como o presente, em que cada camada é tão diferente que às vezes entra em conflito com  as outras. Talvez este seja um dos maiores problemas deste filme, porque, por exemplo, cada ator desempenha o seu papel, mas às vezes eles são tão contraditórios que se confundem na mesma cena ... Há uma tentativa de patente para mostrar imagens reais do que era a sociedade da época, mas tudo é tão artificial que, no final encontramos um papelão decorado, possivelmente digital. Em resumo, cada uma das diferentes camadas que compõem o filme é, por si só,uma produção digital.
    O roteiro é divertido, simples e bem gerido. Situações graves e quadrinhos alternativos, de forma inteligente, de modo que o espectador não fique preso por tédio em nenhum momento. No entanto o prólogo, epílogo e interlúdio são partes de uma história separada, que não acrescenta nada, só serve para prolongar o já longo filme em si, essa parte é desnecessária e nada acrescenta ao produto final. Em suma, a história contada com mudanças sutis seria "excelente".
      O filme explica a origem do Cavaleiro solitário e como resultado vemos Armie interpretando um homem da lei retornando à sua ( possivelmente), cidade natal. O cavaleiro ainda não é um homem efeminado, tímido, com um forte senso de certo ou errado. Depois de terríveis confrontos, além da morte cruel de alguém próximo a ele, ele assume sua identidade de super-herói e em qualquer outro filme, se tornaria - imediatamente ou evoluiria ao longo do Filme - um herói por completo. É claro, que chega um momento em que seu personagem perde toda a credibilidade, em última análise, no final do filme, Armie sobra.
     Vamos agora para Johnny Depp. Durante duas horas o vemos fazer todos os tipos de piadas, mesmo quando estamos em uma cena de ação, comédia ou sofrimento intenso. Sim, funciona e é coerente com o seu papel, mas não com os outros personagens. Obviamente, isso não é culpa de Johnny.
     Agora sobre a verdadeira estrela do filme: o cavalo, o melhor ator no filme. Às vezes parece que ele leu o roteiro de "se beber não case", vale a pena ver o filme apenas para as brincadeiras com o cavalo. Depois alternando cenas com precioso absurdo, o animal está sempre lá para o equilíbrio do filme e recai sobre o lado do bem.
     E com isso, a conclusão é clara, cavaleiro solitário é um filme que combina fatores muito positivos e muito negativos, o que faz acabar com um resultado aceitável. Assim, se fizerem uma sequencia mais bem redigida, poderá ser bem pontuada nos cinemas. Mas, se colocar mais personagens (ou tirar o cavalo),  nós podemos preparar para assistir a um péssimo filme.

Um comentário:

  1. O suspense não vai além de descobrir por toda a seqüência de eventos um enredo que gira de forma muito linear, coerente e claro muito óbvio. Não acredite que a incerteza de não saber o que vai acontecer durante a cena e na cena seguinte gere insatisfação, pois todos os acontecimentos da história são narrados muito rápido.

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